Da série Reedições:
Ana e o mar
Y tu, que has hecho de mi pobre flor?
Não..., nada..., definitivamente
Nada possuis de mar.
E azuis e conchas e tessituras
De turvadora claridade jamais
A ti remeterão.
És, em verdade, de
Madeira.
Vê-se no cravo e na
Baunilha do quando
Caminhas.
No olhar dura
E decididamente
Castanho.
Em pernas e braços
Prontos para enlaces
De raiz.
Na pele
Enseivada.
(Não, não venham-me
Com morosas infinitudes,
Ventos, maresias, areias e pedras!
Tragam-me a da ramagem e fuste!
Tragam-me a que aguardo, áulico,
Com guardadas carícias de pássaro
E palavras de chuva:
Tragam-me a que um dia acompanharei florejar).
Não..., nada..., definitivamente
Nada possuis de mar.
A derradeira prova nesta
Enorme sombra que crias.
Ramagens e relva onde agora,
Arrebatado por bandarilhas
De farpas, obrigado me deito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário