28.1.10

fabianescas

Dica de hoje:

guarde os cartões que receber - eles podem realmente vir a fazer muito por você.


Mais notícias sobre o Piva

De novo do blog da Renata:

O poeta Roberto Piva foi transferido neste fim de tarde para um outro quarto no Hospital das Clínicas. O local é bastante arejado e ele está na companhia de apenas mais uma pessoa, bastante satisfeito com a nova acomodação.

Conforme divulgado no post anterior, Piva está recebendo bons cuidados da equipe médica do HC. Ele deve passar por um Cateterismo nos próximos dias. No momento, a prioridade é fortalecê-lo e garantir-lhe um bom funcionamento cardíaco. Posteriormente serão feitas 2 cirurgias: próstata e catarata.

Como qualquer grande homem de 73 anos, acostumado a devorar Leitões à Pururuca & outros banquetes, Piva reclamará da comida do hospital, "sem sal e sem gosto", em qualquer quarto do mundo. E nem precisa ser poeta pra reclamar disso: costuma ser assim conosco, com nossos amigos, nossos pais e avós. Ou alguém aqui trocaria uma pizza de mussarela por um purê de batatas sem sal?

Portanto, vamos continuar torcendo para que ele se recupere logo. O apoio dos amigos é sempre bem-vindo. Desde já, gostaria de agradecer aos que me ajudam a divulgar esses esclarecimentos referentes à internação do Piva. Peço que continuem a divulgar.

26.1.10

Sobre Roberto Piva

Do blog da Renata (que aliás, merece os parabéns). Triste, é claro, mas Piva há de se recuperar logo. O que não dá pra mudar é a falta de respeito com que a coisa vem sendo tratada, seja por jornais, seja por blogs ou twitters de famosinhos.

O poeta Roberto Piva, que sofre da Doença de Parkinson, está internado no Hospital das Clínicas de São Paulo desde o dia 13 de janeiro, onde recebe visitas e assistência diária dos amigos mais próximos e do companheiro. Desde então, vem passado por exames, tem recebido cuidados médicos e já está mais forte e mais disposto. Para evitar excessos de protagonização, os mais próximos haviam optado por manter a internação com discrição. No entanto, após movimentação e mobilização em blogs e redes sociais por terceiros, a notícia saiu na Folha de S. Paulo de hoje.

Antes da internação, Piva se queixou de diarréia e mal estar. O amigo e poeta Antonio Fernando de Franceschi -- que sempre lhe ajuda nesse sentido -- providenciou uma consulta com um médico particular de confiança, onde Piva chegou acompanhado do também amigo e poeta Roberto Bicelli. Por conta de um intenso quadro de desidratação e pela necessidade de fazer exames, o médico providenciou, pessoalmente, uma internação no Hospital das Clínicas.

Através de exames, foi diagnosticado um problema de próstata. Piva precisará passar por uma cirurgia. Mas antes disso, os médicos precisam garantir sua condição cardíaca e renal. Dentro de alguns dias, ele passará por um cateterismo no Incor, anexo ao HC, um centro de referência nesse tipo de tratamento. Só depois os médicos tomarão as providências pré-cirúrgicas.

Piva não tem plano de saúde. Quem não tem plano de saúde -- seja poeta, lixeiro ou dono de padaria -- se trata pelo SUS. Qualquer um de nós, mesmo com boleto pago de convênio médico, pode precisar do SUS após sofrer um acidente ou numa localidade onde não haja hospital privado. Todos sabemos que o HC não é hotel 5 estrelas. Mas apesar de não ter uma cama com trocentos botões e uma TV de Plasma com 100 canais por assinatura, Piva está num quarto limpo e arejado. Claro que há outras pessoas nos leitos vizinhos, evangélicos chatos, televisão do doente ao lado ligada no Silvio Santos, enfermeiras com cara de malvadas e um monte de coisas que podem irritá-lo, além da própria doença. Mas ele não está "jogado" ou "abandonado". E a última coisa que vai querer saber por terceiros, seja num blog ou numa notícia de jornal é que seu estado é "deplorável" e que sua situação mais parece "um inferno dantesco".

Sejamos sensatos: uma internação que tende a se prolongar, incluindo todos esses exames, medidas cautelares, medicações ministradas, procedimentos cirúrgicos, e até mesmo alguns dias de UTI (comum após cirurgias desta espécie), vão sair mais caro do que comparar um imóvel num bom bairro paulistano. E tudo à vista.

Alguns poetas estão se mobilizando para conseguir um um quarto melhor para o Piva apesar de que, no SUS, todo cidadão é igual (ou não?). Todo conforto, no entanto, é bem-vindo. Outros já estão divulgando a conta corrente do poeta no Itaú. Muito bem: ajudas financeiras, obviamente, também serão bem-vindas por ele; principalmente no período pós-cirúrgico.

Mas façamos com cuidado para não passar por cima das decisões que os mais próximos (principalmente seu companheiro) devem tomar. Se não, ao invés de ajudar, podemos atrapalhar. Ademais, vamos torcer para que o Piva se recupere logo. Os amigos estão convidados a visitá-lo e ajudar a mantê-lo confiante no tratamento. Se ele reclamar da comida, a gente já sabe o porquê: deve estar morrendo de saudade do Leitão à Pururuca e do vinho chileno que tanto gosta.

A conta:
Roberto Lopes Piva
CPF: 565 802 828-00
Banco Itaú
Agência 0036
C/C: 20592-0

11.1.10

Nunca antes na história...

Hélio Gaspari, na Folha do dia 03/01:


O PROFESSOR Claudio Salm investigou os números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 1996 e 2002 (anos tucanos) e daí a de 2008 (anos petistas). Ele verificou que a ideia segundo a qual Nosso Guia mudou radicalmente a vida do andar de baixo nacional é propaganda desonesta. Estimando-se que no andar de baixo estejam cerca de 50 milhões de pessoas (25% da população), o que se vê nas três Pnads estudadas por Salm é uma linha de progresso contínuo, sem inflexão petista.
Em 1996, quando Fernando Henrique Cardoso tinha um ano de governo, 48,5% dos domicílios pobres tinham água encanada. Em 2002, ao fim do mandato tucano, a percentagem subiu para 59,6%. Uma diferença de 11,1 pontos percentuais. Em 2008, no mandato petista, chegou-se a 68,3% dos domicílios, com uma alta de 8,7 pontos.
Coisa parecida sucedeu com o avanço no saneamento. Durante o tucanato, os domicílios pobres com acesso à rede de esgoto chegaram a 41,4%, com uma expansão de 9,1 pontos percentuais. Nosso Guia melhorou a marca, levando-a para 52,4%, avançando 11,3 pontos.
O acesso à luz elétrica passou de 79,9% em 1996 para 90,8% em 2002. Em 2008, havia luz em 96,2% dos domicílios pobres.
Esses três indicadores refletem políticas públicas. Indo-se para itens que resultam do aumento da renda e do acesso ao crédito, o resultado é o mesmo.
Durante o tucanato, os telefones em domicílios do andar de baixo pularam de 5,1% para 28,6%. Na gestão petista, chegaram a 64,8% das casas. Geladeira? 46,9% em 1996, 66,1% em 2002 e 80,1% em 2008.
O indicador da coleta de lixo desestimula exaltações partidárias. A percentagem de domicílios pobres servidos pela coleta pulou de 36,9% em 1996 para 64,4% em 2008. Glória tucana ou petista? Nem uma nem outra. O lixo é um serviço municipal.
Nunca antes na história deste país um governante se apropriou das boas realizações alheias e nunca antes na história deste país um partido político envergonhou-se de seus êxitos junto ao andar de baixo com a soberba do tucanato.


P.S - E ele é petista! Depois eu comento.

5.1.10

Sonho 03/01/10

Moro em um prédio cujo elevador está quebrado. Vejo que há elevadores substitutos, só que aquele que serve aos moradores do vigésimo (no qual moro) e do vigésimo terceiro andar corre por fora do prédio, como se fosse um daqueles que dão suporte em construções. O elevador é todo branco, possui apenas uma cesta para quem vai, cesta esta presa a uma espécie de cano, no qual ela se movimenta para cima e para baixo. Entro na cesta e começo a subir, um tanto quanto apavorado. Penso como seria se acaso estivesse ventando mais, e a angústia cresce.

Em um dado momento do sonho chego ao meu andar. No hall de entrada do apartamento há uma prateleira fechada com vidro na qual toalhas, escovas de dente, pastas, xampus e outros produtos se encontram para serem consumidos pelos moradores. Acho isso muito estranho, passo pelo lugar e entro no apartamento. Minha irmã está em um dos quartos experimentando roupas. Há uma TV ligada. Nada ali me interessa muito. Saio do apartamento e desço para um lugar do prédio onde pessoas almoçam. Na verdade é uma galeria cheia de restaurantes e minha família, alguns amigos e João e Fernanda comem. Olho para a mesa ao lado na qual um senhor se atrapalha e perde um bom pedaço de carne. Olho para uma outra mesa e o mesmo acontece. Os dois se abaixam e tentam espetar os bifes com seus garfos. Vislumbro meu sapato, de couro marrom, e não gosto da maneira como o cadarço está colocado. Tento consertar.

Novamente no elevador, e subindo. Em um dado instante o mal funcionamento faz com a cesta comece a despencar. Me apavoro, seguro no cano que dá suporte à maquina e consigo fazer com ela caminhe suavemente. Fico feliz por estar usando luvas de ginástica, pois sem as mesmas não teria suportado o esforço.

De novo na galeria. Levo uma arara cheia de roupas de minha irmã. Ela vai na frente. Me atrapalho com a enorme quantidade de peças. Há uma outra arara cheia de jaquetas infantis, e pego algumas. Um sujeito reclama: essas últimas a ele pertencem. Peço desculpas e corro atrás de minha irmã, que nesse momento já está bem longe de mim.