Novas versões (além das 278 já existentes) da fábula da cigarra e da formiga:
Versão inglesa
A formiga trabalha duro durante todo o verão de calor escorchante e prepara suas provisões para o inverno.
A cigarra acha que a formiga é estúpida. Ela dança, sorri e canta durante o verão inteiro.
O inverno chega. A formiga está bem abrigada no quentinho do formigueiro que possui um formidável estoque de alimentos
A cigarra treme de frio. Ela não tem onde morar nem do que comer. Resultado: morre de frio e de fome.
Fim
Versão francesa
A formiga trabalha sem parar durante todo verão. Ela constrói sua casa e estoca alimentos.
A cigarra acha que a formiga é idiota. Ela diverte-se, sorri e canta durante o verão inteiro.
O inverno chega. A formiga está bem abrigada no quentinho do formigueiro e come muito e bem.
A cigarra tremendo de frio, organiza uma entrevista coletiva para a imprensa. Ela pergunta por que a formiga tem direito de ficar no quentinho e comer bem enquanto que outros, menos sortudos como ela, sentem frio e fome.
A televisão organiza programas de debates entre insetos renomados nos quais mostra a cigarra morrendo de frio, assim como vídeos da formiga em um formigueiro bem aconchegante e com a mesa repleta de alimentos.
Os franceses ficam espantados. Indignação geral. Eles querem saber por que seu país tão rico permite a cigarra viver na “precariedade”, enquanto outros vivem na abundância.
As associações contra a pobreza organizam protestos em frente ao formigueiro.
A esquerda nacional pergunta por que a formiga ficou tão rica explorando a cigarra? O governo é interpelado. Quer o aumento dos impostos da formiga para que finalmente, ela pague a “parte justa” em relação aos seus rendimentos.
Em resposta às pesquisas de opinião, o governo redige uma proposta de lei sobre a igualdade econômica, retroativa ao verão, e antidiscriminatória. Na Assembléia Nacional, parlamentares da direita e da esquerda votam favoravelmente.
A casa da formiga é confiscada. Ela não tem dinheiro suficiente para soldar os impostos elevados nem as multas decorrentes do atraso no pagamento.
A formiga deixa a França. Ela instala-se com sucesso na outra margem do Canal da Mancha, na Inglaterra.
A imprensa francesa realiza reportagens louvando o bem estar da cigarra, doravante, terminando as ultimas provisões da formiga ainda que a primavera esteja distante.
A antiga casa da formiga transformou-se em “habitação social” da cigarra. O lugar se deteriora porque a atual ocupante nada faz para preservá-lo.
Emergem criticas contundentes ao governo que não previu fornecer alocações de renovação para cigarra.
Ao custo de 10 milhões de euros, o governo cria uma comissão para estudar o problema.
Os jornais Libération e L'Humanité comentam o fracasso do governo para reverter a situação das ilegalidades sociais na França.
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