Por que os meninos-João não têm o seu Chico Buarque?
Pela mesma razão por que você não vê cadáveres de crianças judias expostas em praça pública quando são mortas por terroristas árabes. Já as crianças palestinas que morrem vítimas do Exército israelense são exibidas como troféus. A isso se chama “ideologização da morte”.
Há os mortos influentes, e há as que não têm a menor importância.
Imaginem, por hipótese, o que teria acontecido se um cidadão de classe média, achacado num farol, como acontece a toda hora, tivesse arrancado com o carro e arrastado um dos “menores de rua” protegidos — em tese — pelas ONGs e pelos padres de passeata. O mundo viria abaixo, e o caso seria julgado pela OEA.
Outro exemplo?
Quem não se lembra da comoção nacional e internacional que provocou o assassinato da freira Dorothy Stang? Praticamente ao mesmo tempo, Luiz Pereira da Silva, um policial pernambucano, foi torturado e morto num assentamento do MST. Não houve um padre, um só que fosse, para prantear a sua morte . Fiz um teste: há 110 mil referências a “Dorothy Stang” no Google. E a Luiz Pereira? Cabem nos dedos das mãos, e sobram dedos.
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