18.7.09

para o sábado, uma galáxia haroldiana

reza calla y trabaja em um muro de granada trabaja y calla y reza y calla y trabaja y reza em granada um muro da casa del chapiz ningún holgazán ganará el cielo olhando para baixo um muro interno la educación es obra de todos ave maria em granada mirad en su granada e aquele dia a casa del chapiz deserta nenhum arabista para os arabescos uma mulher cuidando de uma criança por trás de uma porta baixa y reza y trabaja y calla não sabia de nada y trabaja não podia informar sobre nada y reza e depois a plazuela san nicolás o branco do branco do branco y calla no branco no branco no branco a cal um enxame de branco o branco um enxame de cal pedras redondas do calçamento e o arco branco contendo o branco a cal calla e o branco trabalha um muro de alvura e adiante no longe lálonge o perfil vermelho do generalife e a alhambra a plazuela branca contendo-se contendo-se como um grito de cal e o generalife e a alhambra vermelhos entre ciprestes negros cariz mudéjar de granada e agora o cármene de priestley carros parando los guardias civiles o embaixador inglês fazendo turismo entre as galas do caudillo e do cármene de priestley sai priestley ou poderia ser para recebê-lo aparato de viaturas escandalizando a cal calada o embaixador de sua majestade britânica visita um patrício em granada crianças correndo fugindo para os vãos das portas e o branco violado a medula do branco ferida a fúria a alvúria do branco refluída sobre si mesma plazuela san nicolás já não mais o que fora o que era há dois minutos já rompido o sigilo do branco arisco árido do cálcio branco da cal que calla y trabaja y estamos sentados sobre un volcán dissera o chofer no pátio da cartuja sentados no pátio da alhambra bautizada sob o sol da tarde esperando que abrissem um vulcão coração batendo em granada e por isso no muro reza trabaja y calla san bernardo religión y pátria e de novo o albaicín com seus cármenes y glorietas o albaicín despencando de centenas de miradouros minúsculos sobre a vista da alhambra e do generalife vermelho recortado de negro escarlate cambiando em ouro o sol mouro os muros mauros de granada mas o silêncio na plazuela ou plazeta san nicolás rompido para sempre um minuto para sempre nunca mais a calma cal a calma cal calada do primeiro momento do primeiro branco assomado e assomando nos lançando catapulta de alvura alba-candidíssima mola de brancura nos jogando branquíssima elástico de candura nos alvíssimo atirando contra o horizonte rojonegro patamar de outro horizonte o semprencanecido esfumadonevado da sierra nevada agora escrevo agora a visão é papel e tinta sobre o papel o branco é papel yeserías atauriques y mocárabes de papel não devolvem senão a cuncula do tempo a lúnula da unha do tempo e por isso escrevo e por isso escravo roo a unha do tempo até o sabugo até o refugo até o sugo e não revogo a patina de papel a pevide de papel a cascara de papel a cortiça de papel que envolve o coração carnado de granada onde um vulcão sentados sobre explode e por isso calla y por eso trabaja y por eso

Nenhum comentário: