2.8.08

The worm

Há um vírus em mim. Habita meu crânio uma bactéria, um verme, um fungo com o qual eu não agüento mais lidar.

Ele me consome diariamente enquanto durmo. Ele aparece em meus sonhos como um fantasma, um monstro que morde, corta, finca, rasga e, por fim, cospe pedaços meus que observo, que me observo, que me irritam, que destoam, que grudam em meus pés e não soltam.

Não sei mais o que fazer com este bicho. Faixa-preta, galinha preta, crucifixo: já tentei de tudo e não passa, e não sai. Cansei-me do mim mesmo quando estou com este animal. Os outros se cansarão também de mim. Haverá um momento, um tratamento eficaz, uma fuga?

O verme ri: finca a bocarra nos intestinos de minha memória e gargalha. Saio daqui para me encontrar com ele. De novo.

Já sei que pela manhã, antes até de acordar, aquilo que me diz quem sou doerá como uma úlcera.

2 comentários:

rico disse...

Caríssimo. fui pra Campinas e não te encontrei. Meu reingresso não foi aprovado! Não se preocupe! Vc não tem nada a ver com isso. Excedi o meu limite de trancamentos ao longo da graduação e blá blá blá! quer saber? Prefiro assim. Vou fazer a minha licenciatura por aqui e alguma unibundinha. Anote aí o meu msn porque meu orkut foi implodido por mim mesmo em um acesso de ciúme! ricoenfermaria@hotmail.com.br

Lélia Campos disse...

Esse vírus está por toda parte, é uma epidemia!!! Não há como fugir, melhor alimentá-lo.