Ao cantar arrematas de uma vez o mar de seus olhos
E o sol e o céu todo.
Tua voz manuseia a natureza e a
Arremessa contra os mais incolores incautos.
Os eucaliptos se alucinam e se negam a mexer,
Mexendo-se.
Os cantos vazios dos riachos se preenchem
A passos largos de um tilintar que te acompanha,
Assim como os vapores e as chuvas apercebem-se
E se adequam.
Eu ouço sua voz diferente.
Os lufares graves se unem às suas pernas
Aos pés e dedos e lábios e braços e coxas e pêlos claros,
Ao cheiro de pitangas e ao sorriso fácil.
Não que eu consiga agir de uma maneira
Diferente das coisas inertes.
Mas sei-me tomado, ou melhor dito:
Consciente do peito tangido.
Ao cantar arrematas de uma vez tudo o que
Há sobre e sob meus ossos trêmulos,
que são como o mundo todo.
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