30.1.08

OS NÚMEROS DA VIOLÊNCIA

Do blog do Reinaldo

Sim, os embusteiros que tomaram de assalto a política no Brasil têm de ser permanentemente identificados: porque mentem, trapaceiam e empurram o país para o buraco. São capazes de tudo. Até de torturar os números para que eles confessem as suas teses esquerdopatas. O que foi desta vez, Reinaldo? Vocês devem ter visto que a Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana (Ritla) e os ministérios da Justiça e da Saúde divulgaram ontem os dados do Mapa da Violência nos Municípios referentes a 2006. Entre 2003 e 2006, o número de homicídios no país inteiro caiu de 50.980 para 46.660.

São Paulo
O fenômeno que a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo já havia percebido e apontado aparece agora nesse levantamento também. Atenção: entre o estudo do ano passado e o tornado público ontem, a capital paulista, que ocupava o 182º no ranking de homicídios, despencou para 492º. É isso mesmo: a cidade ganhou 310 posições. A relação do número de mortes por 100 mil habitantes (proporção que caracteriza a taxa de homicídios) na capital paulista caiu de 48,2 em 2004 para 31,1 em 2006. Os homicídios recuaram 40,4%: de 4.275 para 2.546 dois anos depois. Note-se: a tal Ritla e os ministérios da Justiça e da Saúde trabalham com uma base de dados diferente dos da Secretaria de Segurança Pública, que não considera os homicídios culposos — praticados sem a intenção de matar. Só para vocês poderem comparar: nesse levantamento, Recife tem uma taxa de 90 mortos por 100 mil habitantes.

A taxa de homicídios na cidade e no estado de São Paulo vem caindo de forma continuada e sustentada desde 1999. “Qual será o segredo?”, perguntam-se os especialistas. Eu tenho uma explicação objetiva, material, aritmética:
- São Paulo tem 40% dos presos do país — não prende demais, não; os outros é que prendem de menos;
- Existem 227,63 presos por 100 mil habitantes no Brasil; em São Paulo essa relação salta para 341,98 por 100 mil habitantes;
- Em 2001, o estado de São Paulo tinha 67.649 presos; em 2006, eles eram 143.310 — mais do que o dobro.
- Entre 1996 e 2006 (ano do levantamento divulgado ontem), o número de presos aumentou 10 vezes;
- Até julho de 2006, haviam ingressado no sistema prisional do estado 4.832 pessoas — 800 por mês ou um preso por hora.
Só eu tenho esses números. Não! São públicos. Todo mundo tem.

Não é mesmo fantástico? Mais bandidos presos, mais pessoas vivas! Quem seria capaz de negar essa evidência? Pois acreditem: a esquerdopatia militante nega, sim! E fica encontrando falsos motivos e subterfúgios para explicar o espantoso sucesso da cidade e do estado.

O que eles dizem
A Folha foi ouvir especialistas. A USP tem um tal Núcleo de Estudos da Violência (NEV). Jamais o vi reconhecer a eficiência da Polícia paulista. Leiam o que disse ao jornal o pesquisador do NEV Marcelo Batista Nery: “Se você perguntar para o poder público, ele vai dizer que foram as suas intervenções, como o policiamento; outros vão dizer que foram as ações das ONGs, que melhoraram as inter-relações sociais entre as pessoas. Para mim, foi tudo isso junto". Uma pinóia, meu senhor! Acima, eu exibi dados. E não sou “pesquisador”. Quais são os seus sobre a efetividade do trabalho das “ONGs” para reduzir a violência? Quais trabalhos? Quais organizações? Onde estão os números?

Mesmo no levantamento um tanto perturbado (direi por quê) da tal Ritlta e dos ministérios, as mortes na capital paulista caíram 40,4% de 2004 para 2006 — de 4.275 para 2.546. Pergunto ao pesquisador: as outras capitais também não contam com ONGs que melhoram “as inter-relações sociais entre as pessoas”? Aliás, a expressão do moço deveria lhe render algumas chicotadas para aprender a falar “enquanto gente”, não “enquanto sociólogo”. Como os números não lhe parecem bons o bastante para o proselitismo, ele resolve criar subcategorias: “Os dados mostram uma queda geral em São Paulo. Mas é preciso considerar que a cidade é muito complexa. As situações de Moema [bairro de classes média e alta] e Brasilândia [periferia da cidade], por exemplo, são muito diferentes." Ah, são. Aí a própria Folha escreve: “Os indicadores do Observatório Cidadão Nossa São Paulo, lançados na semana passada, mostram essa disparidade. Enquanto na região da Subprefeitura da Vila Mariana houve 8,97 crimes violentos por 100 mil habitantes em 2006, em Parelheiros (ambos na zona sul) foram 47,88 casos.” Esse tal Observatório é um aparelho do PT dirigido por Oded Grajew, ex-assessor especial de Lula. Tão especial, que ninguém nunca soube o que ele fazia lá.

Agora leiam o que diz Paula Miraglia, diretora-executiva do Ilanud, órgão da ONU (aquela entidade de petralhas globais) sobre delitos e tratamento do delinqüente: "Não há uma causa única para essa queda expressiva. Há uma tendência clara de queda em São Paulo desde 1999. Até agora, nenhum trabalho deu uma resposta conclusiva para esse fato". Não deu porque a moça não quer. Porque as esquerdas adoram odiar a Polícia. Eu repito e, se ela quiser, desenho:
- o número de presos em São Paulo, entre 1996 e 2006, aumentou 10 vezes;
- em 1999, no estado de São Paulo, havia 52,58 homicídios dolosos por 100 mil habitantes; em 2006, eles eram 18,39 por 100 mil.
- Atenção: em 2007 (ano que está fora daquele relatório), os homicídios dolosos na capital paulista caíram outros 22% em relação ao ano anterior: de 1.984 para 1.538. Assim, em vez dos 18,39 por 100 mil, o número caiu para 15 por 100 mil;
- Dos 96 distritos da capital, já há 29 com menos de 10 mortes por 100 mil habitantes, um índice de país civilizado. O paupérrimo Sapopemba está entre eles;
- No estado, o número de assassinatos caiu18%. Num universo de 645 cidades, 427 estão com índices abaixo de 10 assassinatos por 100 mil habitantes. Em 2006, eram 396.
- Os números acima incluem apenas os homicídios dolosos, critério que me parece melhor do que o outro como indicador de violência.

Mais besteiras
O festival de besteiras ainda não havia chegado ao fim. Julio Jacobo Waiselfisz, coordenador da equipe que preparou o mapa, afirmou o seguinte ao Estadão: “A queda da mortalidade em São Paulo começou em 1999. Houve melhorias do aparato policial, mas, principalmente, uma reação da sociedade civil, com a criação dos Institutos Sou da Paz e São Paulo Contra a Violência”. E mesmo? Quais ações objetivas ele poderia apontar dessas ONGs? A moça Miraglia, aquela lá da ONU, falou também a esse jornal. Foi um pouco mais eloqüente do que com a Folha: “Desde o aumento da eficiência do Departamento de Homicídios, passando pela redução da circulação de armas, aumento das prisões, conversões religiosas, hip-hop etc. Todas ajudam a compreender um fenômeno extremamente complexo.” Como se vê, no seu sarapatel de motivos, a polícia é apenas um fator. Diga-me aí, dona Paula, nas outras capitais:
- não existe conversão religiosa?;
- não existe redução da circulação de armas?;
- não existe hip-hop (ou porcaria parecida)?

Vai ver, para a moça, mais do que a ação da polícia, quem fez diminuir mesmo a violência em São Paulo foi o Mano Brown...

Concluo
Sabem por que São Paulo caminha para ter índices de homicídio considerados aceitáveis pela Organização Mundial da Saúde? Porque o Estado têm mantido, já há bastante tempo, longe do poder os cleptocratas, os populistas e as esquerdas, capazes de afirmar as porcarias que se lêem acima. E, pior de tudo, esses três grupos agora prometem caminhar juntos.

Se eles chegarem ao Palácio dos Bandeirantes algum dia, os números virtuosos regredirão, certo como a luz do dia. Negando toda a experiência nacional e internacional a respeito, tentarão combater a violência com ONGs, com hip-hop, com assembleísmo de entidades supostamente defensoras de direitos humanos... Em vez de meter bandido nas cadeias, tentarão abrir as portas dos presídios.

A maior cidade do Brasil e a terceira ou quarta maior do mundo é um exemplo no combate à violência, embora muito precise ser feito. O estado que mais prende tem ainda um déficit de 40 mil vagas. Quando elas forem criadas e preenchidas, estaremos ainda mais seguros. Esses humanistas do pé quebrado querem fazer crer que há um fenômeno metafísico em São Paulo. Não há, não. Há uma escolha correta: bandido tem de ficar preso, e gente boa tem de andar com liberdade.

P.S - Só pra deixar a coisa mais regionalizada, é bom sabermos que o número de homicídios a cada 100 mil habitantes em Campinas, no ano de 2006, foi de 15,07. Número bem distante dos absurdos 52,69 de 1999.

15.1.08

Participação especial

Como este blog é democrático, aqui vai um texto da minha digníssima amada amiga cheia de charme um desejo enorme espacial, vulgo Cosmic Girl.

Manda Cosmic!!!

RETORNO

Do City pro Bar do Zé
Kátia, Birita e Loiraça
Bailando com toda graça
Virando e ainda em pé.

Dado o meu sono borracho
Pouco consigo lembrar
Ganhei na sinuca, eu acho
Ou deveria ganhar!

Um abraço de meia hora
Depois de estar longe um mês
Mil gargalhadas lá fora
Que falta você me fez!"

Sinto saudades do crépe
Do jamon, do “mind the gap”
Dos dias frios e sozinhos
Sem horários nem vizinhos.

Mas como não estar contente
Depois da noite excelente
Ao lado desses dois tranks*?
Valeu, merci, gracias, thanks!

*Nota - Tranks somos eu e Ricardo. Como se ela, Cosmic, não fosse tranks também. Mas vocês sabem como é: mulheres não aceitam muito bem estas caracterizações...

O poema, como vocês viram, é coisa de categoria.
Amanhã rola um comentário.

8.1.08

Que situação!!!

Da Folha do dia 04/01

Aconteceu com moscas. Seria o equivalente, em humanos, ao sujeito beber para ter coragem de cantar a moça no bar e terminar a noite dando em cima também do garçom.

Machos de moscas-da-fruta submetidos a uma constante inebriação com etanol ficaram mais excitados e desinibidos sexualmente, a ponto de não só voarem atrás de fêmeas, mas também de outros machos.

O efeito fica mais intenso com a idade. Machos mais velhos ficaram mais desinibidos em relação ao mesmo sexo.

Foi o primeiro experimento a tratar dos efeitos na atividade sexual da exposição crônica ao álcool entre um dos animais mais pesquisados pelos cientistas. O estudo, na revista científica "PLoS One", foi liderado pela pesquisadora Han Kyung-an, da Universidade Estadual da Pensilvânia, nos EUA.

"O álcool tem uma forte relação causal com excitação sexual e comportamento sexual desinibido em humanos", lembram Han e colegas. Mas a base fisiológica dessa noção ainda não é bem conhecida, o que indica a necessidade de estudos em modelos animais. A equipe decidiu estudar o efeito do etanol na mosca Drosophila.

O ritual de acasalamento das mosquinhas é bem conhecido. As fêmeas produzem feromônios, substâncias que atraem sexualmente os machos. Estes passam a segui-las e iniciam o ritual, que envolve tocar no abdome delas e vibrar as asas. Nada disso acontece normalmente entre machos.

"Trenzinho"

Os cientistas criaram uma câmara com teto transparente para filmagem e aberta embaixo para a administração do álcool, que batizaram de "flypub" ("bar de mosca").

Um macho pode até se enganar e iniciar o ritual com outro, "sóbrio" ou na sua primeira exposição ao álcool, mas logo vê que está errado ou é repelido na hora pelo parceiro.

Mas foi só aumentar a dose --com exposição diária ao etanol-- para surgir um comportamento mais desinibido dentro do "flypub". O comportamento lembrou o de moscas que foram geneticamente alteradas em laboratório e mudaram a orientação sexual, visível em "trenzinhos" alados compostos só de machos.

3.1.08

Pra dar uma relaxada, uma melhorada no ambiente

Scissor Sisters Live - Take Your Mama

Experiência

De tanto sol queimando
Os cabelos e vento arrancando
A pele, e depois músculos,
Sabíamos do sorriso dos
Ossos pelo som e
Brilho dos olhos.

Mas do homem do canto,
Nada sabíamos.
Parecia carcomido em tudo
O que lhe havia também
abaixo do esqueleto.

Achávamos que este não
sorriria mais.

10/1996

1.1.08

Cosas

São 2h30 do novo ano e o que mais me dói é não ter virado ao lado do meu filho. Falei com ele ao telefone, uns 10min antes da meia-noite, e foi péssimo.

Queria estar a seu lado. Queria mesmo.

Paciência. O que me resta agora é o sono pelo excesso de álcool. Mais nada.

Mais nada não: e uma vontade de que coisas funcionem, sabe...

And the winner is...

Hoppipolla - Sigur Ros